No sítio Escondido, Zona Rural do município de Nazarezinho, uma família encontra-se morando há quase 4 meses nas dependências da Escola Municipal "José Antônio de Lima", que há alguns anos está sem funcionamento. Trata-se do Senhor Wharlei de Oliveira Lira e sua esposa Dona Jucielda Costa Lima Lira, além de seus quatro filhos, todos menores, um menino de 10 anos de idade e três meninas, de 5, 8 e 12 anos. O caso chamou a atenção de alguns moradores da localidade que procuraram a redação do Blog denunciando a delicada situação vivida pela família. Ao chegar ao local indicado, confirmamos a veracidade dos fatos e encontramos o casal, ambos agricultores, morando no interior do grupo escolar uma vez que foram obrigados a deixar a casa em que moravam em virtude das precárias condições de sua estrutura, já que a mesma encontra-se com rachaduras nas paredes e no telhado, correndo sérios riscos de vir a desabar. O casal afirma ter procurado por diversas vezes o gestor do município, o Sr. Júnior Braga, no intuito de obter algum tipo de ajuda do Executivo Municipal, já que vivem da agricultura e não possuem as condições financeiras para realizar uma reforma na casa em que moravam sem que o sustento da família seja comprometido, contudo, apesar de várias promessas feitas pelo prefeito, não foram atendidos, tendo que abandonar o próprio lar e se refugiar no grupo escolar que estava fechado. Outro fato que chamou a atenção da nossa redação é que a Sra. Jucielda vem lutando contra o câncer há cerca de três anos, tendo que viajar constantemente a capital do Estado em busca de tratamento no Hospital Napoleão Laureano, além disso, uma das filhas do casal, que tem 8 anos de idade, tem problemas no coração, precisando de uma cirurgia que deverá ser realizada em breve. Acreditamos que o lugar não seja apropriado para abrigar pessoas acometidas de problemas de saúde tão sérios, pois segundo o Sr. Wharlei o antigo grupo escolar está cheio de insetos, como escorpiões e pernilongos, e até uma cobra já foi encontrada no local. O caso em tela requer uma atenção imediata das autoridades competentes para que a família não continue vivendo uma situação tão delicada e até mesmo vexatória.
- A minha filha de 12 anos, quando escuta as pessoas dizerem que a gente mora dentro do grupo... Fica com vergonha - Disse Dona Jucielda com os olhos cheios de lágrimas.
Imagens da antiga residência da família:
Imagens da família no interior do grupo escolar:
Diêgo Silva Leon
Nenhum comentário:
Postar um comentário